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Um lugar tempo

O céu pelo avesso

Quintal de terra

HISTÓRIA PARA MARÍLIA E PRISCILA

 

Sonhei com uma árvore imensa, frondosa,
Tronco largo, raízes profundas,
Flores coloridas e muitos frutos...
Frutos... Frutos...
Uns em pencas e cachos, outros em pares e dispersos.
O conjunto formava um templo onde os iniciantes repousavam;
Os sonhadores cantavam versos e prosas louvando o mito.
Nem répteis, nem aves de rapina tocavam os seus frutos...
Estes eram doces e macios, polpudos e viçosos.
Às vezes tombavam de maduro,
Outras tantas, eram arrebatados para os céus;
Enquanto poucos rolavam morro abaixo.
Alguns deles se transformavam em sementeiras;
Os que voavam, fermentavam a massa e faziam o pão.
A árvore se agigantava enfrentando verões e invernos;
Outonos e primaveras.
E o tronco e os galhos eram eternos;
Porque somente o Verbo era alimento e vida.
O sonho terminou quando duas flores desabrochavam
Para brincar de germinar frutos num grande
“Quintal de terra”.

Maria do Barro

Alcunha de Maria Augusta Erich de Menezes, mulher de quem pouco se sabe, que se dizia autodidata, que balizou vidas dedicando a existência a conscientizar e motivar pessoas a ser e fazer arte, em especial cerâmica.

QUINTAL DE TERRA
Fundação Cultural de Curitiba – Sala de Pedra
Instalação cerâmica
Autoria: Marília Diaz e Priscila Ferrante
Técnica: Aves moldadas em formas com barbotina, frutos modelados com acordelado, superfície sensibilizada com chamote. Queima oxidante a 950ºC.
Ano: 1986

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